terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Casos de crueldade contra animais preocupam a polícia














Os casos de torturas e mortes de animais, recentemente divulgados em imagens pela internet, são mais comum do que muita gente imagina. Somente em 2011, a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) registrou 313 Boletins de Ocorrências referentes a maus-tratos de animais em Curitiba (PR) e Região Metropolitana. O número, considerado alto pela delegacia, representa uma queda quase que inexpressiva com relação a esse tipo de ocorrência registrado em 2010 (329 boletins). A quantidade de denúncias que, quase diariamente, chegam à DPMA mostram que ainda falta conscientização de boa parte da sociedade.

Segundo a polícia, 90% dos casos de maus-tratos de animais se refere a cães, no entanto, há uma infinidade de espécies que são expostas a situações degradantes que colocam em risco a integridade física do animal. Segundo a investigadora Jane Cassiano de Oliveira, as denúncias de maus-tratos a cavalos também são comuns.

Uma das práticas mais frequentes é justamente a falta de cuidados. “É comum flagrarmos animais que ficam confinados em ambientes fechados sem comida, não recebem tratamentos contra doenças, ou não contam com abrigo adequado”, afirma a investigadora Jane. Ela revela que, nesta época de férias, aumentam os casos de abandono de animais. “Muita gente sai em viagem de férias e acaba abandonado o animal na rua. Isso também pode ser caracterizado como crime”, explica.

O delegado-chefe da DPMA, Wallace de Oliveira Brito explica que maltratar animais deixou de ser uma contravenção para ser considerado um ato criminoso, desde que passou a vigorar a Lei de Crimes Ambientais (9.605/98). De acordo com o artigo 32 da lei federal, “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos” é passível de pena que vai de três meses a um ano de detenção, além de multa. “Essa criminalização dos maus-tratos contra animais tem despertado uma conscientização, mesmo que ainda modesta, perante a população”, afirma.

De acordo com o Brito, a delegacia não tem medido esforços na execução de ações que visam inibir os crimes contra o meio ambiente. “Temos sentido uma queda do volume de ocorrências, em função da repressão efetiva a esse tipo de crime e com uma ação permanente da Polícia Civil que visa responsabilizar os infratores”, comenta.

Segundo o delegado, todas as denúncias que chegam à DPMA são averiguadas. As ocorrências podem ser comunicadas pelo e-mail dpma@pc.pr.gov.br, ou pelo telefone 3356-7047. Denúncias anônimas também podem ser feitas através da Delegacia Eletrônica (www.delegaciaeletronica.pr.gov.br). “É preferível que as pessoas compareçam à delegacia para formalizar o boletim de ocorrência. A partir disso, a polícia verifica a procedência do caso”, avisa. A DPMA fica na Rua Erasto Gaertner, 1.261, no bairro Bacacheri, em Curitiba.

Casos

A repercussão do caso de uma enfermeira que torturou um cachorro da raça yorkshire até a morte, em Formosa, cidade goiana no Entorno do Distrito Federal, pode ter estimulado uma série de denúncias referentes a maus-tratos de animais em todo o País. No Paraná, a Polícia Civil recebeu denúncias de casos que chocaram comunidades da capital e do interior.

Na última semana, um vídeo que mostra adolescentes matando um cachorro com bombinhas foi publicado na internet. O crime teria ocorrido há dois anos, mas só agora, por conta do vídeo, chegou ao conhecimento das autoridades policiais. A DPMA investiga o caso.

Um segundo caso, em Guarapuava, despertou a indignação de moradores do bairro Conradinho Paraná. De acordo com a 14ª Subdivisão Policial, na noite do dia 31 de dezembro, um homem matou um cachorro a facadas quando o animal tentava se esconder dos fogos de artifício na garagem da casa onde ele mora. A polícia registrou o Termo Circunstanciado e ouviu o suspeito. O caso será encaminhado para o Juizado Especial da cidade.


Fonte: Bonde



6 comentários:

  1. Olá Mônica

    Um dos problemas é que as pessoas quando adotam um cão, o fazem no impulso, sem pensar que esta ação deve durar em torno de 15 anos. Infelizmente não há responsabilidade neste ato.


    BJ00000000................
    www.amigadamoda1.com

    ResponderExcluir
  2. É triste mesmo, tanta crueldade
    Boa quarta
    Beijos coloridos!

    ResponderExcluir
  3. Oi MÔnica,
    Estas pessoas que maltratam animais deveriam ser olhadas com muito cuidado, pois isto revela alta periculosidade! É a tal história, nem todos os bandidos maltratam animais, mas todos que maltratam animais são bandidos.
    Já foram feitos estudos sobre este tipo de gente e demonstra que este tipo de sociopata começa nos animais, mas acabam se estendendo para pessoas.
    Beijos 1000 e uma 4ª-feira maravilhosa para vc.

    www.gosto-disto.com

    ResponderExcluir
  4. Monica é um absurdo oq fazem com estes pequenos e indefesos animais,
    crueldade é pouco ...
    beijos e bom dia

    ResponderExcluir
  5. Oi Mônica, tudo bem com vc?
    Esse seu post é realmente um caso muito sério, é um absurdo maltratar qualquer animalzinho, realmente não sei o que passam na cabeça dessas pessoas. Você acredita que ontem fui levar minha july para a tosa e quando a entreguei na mão da tia (é como chamo a tosadora) ela arregalou o olhinho pra mim e começou a tremer, me deu uma dozinha, entrei no carro e meus olhos se encheram de lágrimas. Como não amar esses bichinhos!!!!!

    Beijos tenha uma ótima quinta.
    Eli

    ResponderExcluir
  6. Nossa Mônica, é chocante, muito triste, tive uma cachorrinha que não tive coragem de sacrificar, mesmo muito velhinha, mal andava, meio ceguinha, surda e magrinha, bem debilitada por conta dos seus 18 anos e meio, cuidava com carinho dela, como podem fazer isso? Acho que é gente de índole má, sem sentimentos, sarcásticas. Dizer que é falta de Deus não justifica, conheço gente que não acredita em Deus, mas nem por isso fazem maldades. Também não justifica ter problemas mentais. muito revoltante, é quase um caso por ano, sem contar com casos que não tomam conhecimento!
    A punição deveria ser mais severa, eles pagam multa e, por conta da pena baixa, acaba substituída por penas alternativas.
    Obrigada pela visitinha no meu blog,
    bjus
    Cris

    ResponderExcluir